DIÁLOGO PARA O FUTURO
A nova ordem econômica mundial exige uma produção com baixa emissões de carbono. Pensando nisso, o Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), como parte de suas ações, vem trabalhando e apoiando projetos para incentivar uma cadeia produtiva no Estado do Acre que caminhe nesse sentindo.
O Encontro de Diálogos para Futuros Negócios de Emissões do Estado do Acre realizado pela Rede Acreana de Negócios Sustentáveis (RANS), o Earth Innovation Institute (EII) e parceiros, no dia 4 de abril, em Rio Branco, consolidou a proposta de construção para esse novo ambiente de negócios.
Elsa Mendoza, coordenadora do escritório do EII no Acre, explica que a ideia do evento é fortalecer a produção local associada às baixas emissões de carbono. ‘‘O projeto vem pelo IMC e nós somos os executores com a RANS. Nosso objetivo é orientar os produtores para que eles ampliem sua participação no mercado, adequando seus produtos às normas de exigências e padrões de sustentabilidade’’, explica.
Para isso, a Dra. Nazaré Macedo, coordenadora do Programa de Tutoria, afirma que o encontro de diálogos foi uma forma de integrar conhecimento, capacitação e tutoria, para desenvolver os negócios sustentáveis do Acre.
O representante oficial do governo no evento e diretor do IMC, Carlito Cavalcanti, colabora esclarecendo que a reunião teve como meta reunir os diversos atores econômicos, entre eles, governo, empresários, produtores e representantes de entidades para iniciar a construção do diálogo para o futuro da produção de baixas emissões no Acre.
‘‘O caminho do mercado é colocar restrições às produções insustentáveis. Os pequenos produtores produzem com baixas emissões. É preciso agora, modernizar esse tipo de atividade para padrões sustentáveis e que atendam as exigências, desde a produção até a comercialização”, aponta.
LANÇAMENTO DA RANS
No encontro foi realizado o lançamento da Rede Acreana de Negócios Sustentáveis (RANS), entidade formada por 13 cooperativas, localizada em 10 municípios, que tem como objetivo promover a conexão entre os empreendimentos e produtores para desenvolver oportunidades de negócios com vistas a ampliação e agregação de valor de produtos de baixa emissões.
‘‘A formação da RANS foi uma forma de conectar os empreendimentos, gerando oportunidade e negócios. Hoje, o principal objetivo é chegar aos mercados de todo o Estado. No entanto, nosso trabalho já beneficia cerca de 5 mil famílias’’, aponta Luzivan de Melo Lopes, representante da entidade.
‘‘O importante com o diálogo realizado foi conhecer as exigências dos empresários para que nossos produtos possam fazer parte das prateleiras dos principais mercados do Estado. E o empresário viu que temos produtos regionais que podem ser comercializados’’, explica.
Ezequiel de Oliveira, presidente da de Coopel, uma das integrantes da RANS, afirma que a ideia de unir as cooperativas foi para organizar e abranger mais o mercado. ‘‘Decidimos nos unir e formar uma central de negócios com intuito de fortalecer a cadeia produtiva acreana e alcançar um mercado maior’’, destaca.
PARTICIPAÇÃO DOS EMPRESÁRIOS
Durante o evento, os empresários convidados palestraram sobre a forma adequada para que os produtos possam chegar ao mercado local com os requisitos necessários e, assim, serem comercializados até o consumidor final. Os supermercados Araújo e Mercale fizeram questão de estar no evento e ver os produtos que as cooperativas pretendem inserir no mercado.
O empresário Adem Araújo, percebeu as oportunidades no Estado: ‘‘a gente viu muitas ideias, produtos que foram apresentados e que nós, como acreanos, valorizamos. A possibilidade de poder criar essas demandas que não tínhamos é muito interessante, principalmente produtos derivados da floresta’’, acrescenta.
França Frysthm da Silva, representante do Mercale, mostrou aos produtores locais os principais pontos da normatização para que os produtos possam ser vendidos no mercado de varejo local, nacional e internacional.
Os participantes também puderam ouvir a experiência de ser empresário no Acre com a palestra de Beto Moreto, proprietário do Café Contri. ‘‘A magnitude do evento está na possibilidade do fortalecimento e integração do pequeno, médio e grande produtor, acenando positivamente para percepção econômica do novo governo, o agronegócio’’.
Também estiveram presentes no encontro José Luiz Gondim, representante da SEICT; Átila de Araújo Magalhães, representante da SEMA; Rocio Chacchi Ruiz, representante WWF; Marjha Braga de Souza, representante do IEL; Erlailson Costa dos Santos, coordenador do PDSA e Cassio Almada representante da Cooperacre.
(Assessoria IMC)