O Sistema de Incentivos aos Serviços Ambientais (Sisa), que regulamentou a política acreana de baixa emissão de carbono, vai ganhar um novo mecanismo. O governo do Estado, por meio do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), atua na elaboração do Programa de Conservação da Sociobiodiversidade.
Com 87% de sua floresta nativa preservada, o Acre tem desenvolvido uma política de valorização do ativo ambiental, que agrega fomento econômico, conservação e justiça social. O Sisa tem papel estratégico nesse modelo de desenvolvimento sustentável, uma vez que sua função é de fomentar e ampliar os serviços ambientais.
“Quando falamos de floresta, entendemos também que existem milhares de famílias que vivem nesse ambiental. Portanto, dar um valor econômico a esses elementos da sociobiodiversidade significa garantir que esse capital natural pode reverter melhorias na geração de renda e outros benefícios de qualidade de vida e bem-estar a toda essa população”, ressaltou a diretora-presidente do IMC, Magaly Medeiros.
Recentemente, o instituto coordenou uma oficina de trabalho sobre o programa, que contou com a presença de representantes da Secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Cooperação Alemã GIZ e do WWF/Brasil.
Magaly observa ainda que o Acre sai com um diferencial por não trabalhar apenas a biodiversidade, mas um conceito amplo da sociobiodiversidade, incorporando os aspectos culturais que a floresta exige e contempla.
Texto: Maria Meirelles
Foto: Diego Gurgel