Durante os dias 27, 28 e 29 de março, chefes de estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Tocantins, Roraima, Pará e Rondônia se reúnem para discutir assuntos de interesse da região, no 17º Fórum de Governadores da Amazônia Legal no Amapá.
Neste primeiro dia, 27, a discussão na Câmara de Meio Ambiente abordou os desafios, avanços e oportunidades dos nove estados, que buscam a integração entres eles para amplificar suas ações para o desenvolvimento da Amazônia.
Nesta 17 edição do Fórum, a Câmara de Meio Ambiente focou suas discussões no escopo da participação dos estados na Força Tarefa dos Governadores Pelo Clima e Florestas (GCF-TF).
A agenda consorciada (Câmara de Meio Ambiente e GCF) oportuniza a apresentação desta plataforma de governo aos secretários, gestores e técnicos dos estados da Amazônia legal, uma vez que apenas dois estados não tiveram alternâncias de governo.
A Câmara terá dois dias de agenda e dela sairá o entendimento entre os estados das suas necessidades e ações conjuntas para a promoção do desenvolvimento da Amazônia. Esse conteúdo vai subsidiar a carta dos governadores dessa 17ª edição do Fórum.
Participaramm desteprimeiro dia de evento, o diretor do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Carlito Cavalcanti e a diretora executiva da secretaria do Meio Ambiente do Acre (SEMA), Vera Reis. Para o diretor do IMC, existe a necessidade do entendimento de que as políticas voltadas para a sustentabilidade da Amazônia tenha, na prática, a execução de uma política global executada por políticas setoriais.
Carlito ressaltou no evento que “para se manter a justiça social no contexto ambiental é necessário aumentar as oportunidades de quem está na floresta, é necessário aumentar a produtividade para fomentar o desenvolvimento do vetor econômico do Acre, gerando riqueza a quem protege ativos florestais. O que vinha sendo feito no Acre, em termos de sustentabilidade, tem seus pontos fortes, mas possuía erros de conceito e aplicação”.
A diretora executiva da SEMA, falou sobre a importância do Acre como membro fundador do GCF-TF e da importância do trabalho conjunto dos estados, ressaltando que o Acre vem compartilhando suas experiências a exemplo do Sistema de Incentivo aos Serviços Ambientais (SISA). “Temos o SISA que credibiliza o Acre nacional e internacionalmente para viabilizar recursos com a política de baixas emissões de carbono no estado”, enfatizou Vera Reis.
Carlito Cavalcanti e Vera Reis falaram, ainda, sobre os desafios do Acre, como por exemplo, aprimorar o monitoramento e aumentar a escala de difusão de informação com beneficiários dos programas colocando-os como protagonistas para que escrevam suas impressões sobre a implementação dos programas onde vivem.
Na ocasião, a secretária Global do GCF, Coleen Scanian Lyons falou sobre o contexto global do GCF e a agenda da próxima reunião anual que será realizada em maio na Colômbia.
No dia 28, o Acre participará de duas mesas temáticas. A primeira, sobre Instrumentos Financeiros para o Desenvolvimento de Baixas Emissões, apresentando o Projeto de Reduções por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) do banco alemão, intitulado por Rem (REDD+ Para Pioneiros). A segunda, sobre as parcerias com os Povos Indígenas de Comunidades Locais, com relatório do Encontro Indígena do Acre de 2018.
Sobre o 17º Fórum
Esta é a terceira vez que o estado do Amapá sedia o encontro. O objetivo do Fórum é discutir propostas comuns de desenvolvimento sustentável, que possam ser implementadas pelos nove estados que compõem a região.
O Acre sediou, pela primeira vez, em outubro de 2017, a 16ª edição do Fórum de Governadores da Amazônia Legal.