Melissa Jares
Quem visitou o estande do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC), no Espaço AgroFlorestal, durante nove dias do evento, teve a oportunidade de ver as imagens de florestas, rios, animais, povos e comunidades tradicionais que formam a identidade do Acre projetadas em duas paredes, chamado mapping, com som da floresta.
Uma maneira diferente para conhecer o sistema de incentivo aos serviços ambientais e seus programas, especialmente o Isa Carbono que desde 2012 vem sendo executado através do Programa REM (REDD+ para pioneiros) do Banco Alemão KfW, que na segunda fase de implementação no Acre, 2017-2020, tem a participação do Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial (BEIS). O REDD+ é um mecanismo voltado para redução de emissões de gases de efeito estufa oriundos do desmatamento e degradação da floresta.
No último dia da Expoacre, o IMC fez uma projeção com as fotografias das pessoas que foram ao estande. Para a diretora executiva do Instituto, Julie Messias, foi uma maneira de agradecer a cada um que visitou o espaço.
“A Intenção do mapping no estande foi tentar atrair as pessoas, atiçar a curiosidade para que entrassem e conhecessem o que é o Instituto de Mudanças Climáticas e o que faz. A sociedade precisa saber que faz parte da instituição. E como recebemos centenas de visitantes, na última meia hora, antes de encerrarmos tudo, projetamos as fotos tiradas de todos os que passaram pelo estande no IMC na Expoacre como forma de agradecimento”, explicou Julie.
Além disso, no estande estavam em exposição artefatos de madeira produzidos por 145 jovens que fazem parte do projeto da Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais Indígenas do Acre (Amaaiac), por meio da secretaria de Meio Ambiente (Sema) e do IMC.
Algumas das madeiras utilizadas nos artefatos são consideradas nobres como o Cedro, o Bálsamo (Cabreúva-vermelha), o Amarelinho, o Aguano (Mogno-brasileiro) e cada objeto produzido tem um significado para os povos indígenas.
“Tem uma peça que ficou exposta no estande que mostra um homem carregando, o que para nós é o mundo, os problemas pessoais e os de outas pessoas. Como se ilustrasse a expessão ‘ carregando o mundo nas costas’ que muita gente diz”, explica Francisca.
Para o presidente do IMC, Carlito Cavalcanti, a expectativa para os nove dias foi alcançada. “Nós queríamos informar sobre o Instituto e sua atuação. Queríamos mostrar e falar das questões que envolvem o meio ambiente, entre outros assuntos. Acredito que atingimos nosso objetivo: chamar a atenção para as discussões sobre as mudanças climáticas, e o que devemos fazer em relação a situação. Em nome de toda a equipe posso dizer que estamos felizes com o que mostramos durante a Expopacre 2019”, enfatizou o presidente.
A atividade de difusão sobre o Sistema de Incentivo aos Serviços Ambientais, SISA, na Expoacre é realizada por meio do Projeto SISA+, com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Earth Innovation Institute (EII), e no âmbito do Programa REM Acre fase 2 (REDD+ Para Pioneiros), do Banco KfW e Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial (BEIS).