Nesta terça-feira, 8 de agosto, o nível do Rio Acre atingiu 1,67 metro na capital Rio Branco. Esse é o segundo nível mais baixo para a mesma data nos últimos 12 anos. A ausência de chuva para a próximas semanas e a baixa umidade relativa do ar contribuem para o aumento das queimadas. Somente nos primeiros dias de agosto, o Corpo de Bombeiros recebeu 41 demandas de incêndios urbanos em Rio Branco.
Esses fatores colocam o Acre em estado crítico no clima. Essa foi a pauta de uma reunião realizada nesta terça-feira, na sala de situação do Corpo de Bombeiros, em que estiveram presentes representantes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Secretaria de Estado de Agricultura, Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação dos Serviços Ambientais, Instituto de Meio Ambiente e Defesa Civil, além do Corpo de Bombeiros.
O secretário de Meio Ambiente do Acre, Edegard de Deus, ressalta que as instituições de fiscalização, controle e combate atuam de forma intensiva na prevenção do desmatamento e na redução das queimadas urbanas e florestais.
“Fazemos um apelo à sociedade para que se junte a nós. O período crítico se intensifica entre os dias 15 de agosto e 15 de setembro. Por isso, é muito importante a atitude de cada um em não colocar fogo nem realizar desmatamento”, diz o secretário.
Queimada urbana
Rio Branco é a quinta cidade com o maior percentual de incêndios no Acre, atrás de Tarauacá, Cruzeiro do Sul, Feijó e Rodrigues Alves. Por vezes, um incêndio começa com um montinho de lixo queimado no fundo do quintal e que sai do controle. É comum também produtores rurais colocarem fogo no terreno para renovar o pasto ou a área para o plantio.
Independentemente do motivo, queimar é crime, de acordo com o artigo 250 do Código Penal, e coloca em risco a saúde da população, ameaça a biodiversidade e prejudica o patrimônio público e privado. Denúncias podem ser feitas pelo número 193.
Texto: Bleno Caleb
Foto: assessoria Corpo de Bombeiros