Projeto viabiliza capacitação para monitores ambientais comunitários

Contemplado com o Projeto Amazônia 2.0, o Acre deu início nesta quarta-feira, 21, à oficina de construção do plano de trabalho para capacitação comunitária no Parque Estadual Chandless e Terras Indígenas (TIs) do Alto Rio Purus e Mamoadate.

Coordenado pela União Internacional de Conservação da Natureza (UICN) e financiado pela União Européia, o projeto é desenvolvido em seis países da Amazônia: Equador, Peru, Colômbia, Suriname, Guiana e Brasil.

A parceria com o Acre visa fortalecer as atividades de monitoramento territorial comunitário no Chandless e nas TIs, além de iniciativas apoiadas pelo Sistema de Incentivos aos Serviços Ambientais (Sisa). O acordo assinado entre o governo do Estado e a UINC tem vigência até dezembro de 2020, garantindo a continuidade da política de desenvolvimento sustentável na próxima gestão.

“Esses comunitários vão executar um trabalho de monitoramento territorial voltado a ações de proteção e vigilância dentro desses territórios. Essa oficina tem o objetivo de materializar um plano de captação para eles [monitores]. Vale salientar que esta atividade é a base para que em 2019 possamos implementar as capitações. Os quatro monitores do Chandless já foram definidos pela própria comunidade”, frisou a chefe da Divisão do Sistema Estadual de Áreas Naturais Protegidas (Seanp), Flávia Dinah de Souza.

Segundo a coordenadora do escritório da IUCN no Brasil, Carla Navarro, o Amazônia 2.0 fortalece a figura já existente dos monitores comunitários. “Vamos trabalhar com três grandes resultados: o primeiro é criar essa plataforma de monitores comunitários, o segundo passo é empoderá-los com capacitações e instrumentos necessários para que possam realizar esse trabalho, e o terceiro resultado é que, com isso, possamos realizar uma incidência política.”

A atividade se encerra nesta quinta-feira, 22 (Foto: Maria Meirelles/Secom)

Promovido no auditório da Procuradoria Geral do Estado (PGE), o evento se encerra nesta quinta-feira, 22, e reúne lideranças indígenas, bem como gestores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Comissão Pró-Índio (CPI), Serviço Nacional de Áreas Protegidas do Peru (Sernanp), Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), Ministério Público Estadual, Batalhão de Policiamento Ambiental, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e outras instituições parceiras.