Acre celebra Dia da Amazônia com redução do desmatamento

 

O Acre possui 87% de sua área florestal preservada e aproveita as 13% abertas para fortalecer a produção rural (Foto: Pedro Devani/Secom)

 

A data em que se comemora o Dia da Amazônia, 5 de setembro, foi estabelecida em alusão ao dia da criação da província do Amazonas, em 1850,  e quer chamar a atenção da sociedade para  a preservação do maior bioma tropical do mundo e dos recursos naturais.

Com uma área de aproximadamente 5,5 milhões de quilômetros, a Amazônia Legal cobre grande parte dos territórios dos estados do Norte do Brasil. Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins reúnem uma densa floresta e rica fauna e flora.

São 7 milhões de quilômetros de bacia hidrográfica. O maior rio em extensão do mundo, o Amazonas, banha dezenas de cidades da região até desaguar no oceano.

“A Amazônia é uma das maiores riquezas do planeta e o mundo inteiro precisa preserva-la. Nós temos mais de 4 milhões de pessoas morando e cuidando dessa região. Os olhos do capital estrangeiros estão virados para cá e isso precisa ser explorado de maneira sustentável e melhorando a vida dessa população”, disse o governador do Acre, Tião Viana.

Redução do desmatamento no Acre

Os últimos dados sobre redução do desmatamento na região foram divulgados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) na segunda quinzena de agosto.

No apanhado geral, o desmatamento na Amazônia apresentou redução de 21%. O Imazon, que atua desde 1990, divulga os resultados de suas pesquisas periodicamente e se baseia no Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) para elaborar os relatórios.

Os números apontam resultado positivo para as políticas públicas implementadas pelo governo do Acre. A redução no estado, de agosto de 2016 a julho de 2017, foi de 32%. O levantamento faz uma comparação com o período anterior: 2015/2016.

“Esses números são positivos, mas precisamos buscar sempre melhorar ainda mais os nossos resultados. Quando comparamos a outros estados, percebemos que nossas políticas de preservação têm surtido os efeitos esperados”, disse Edegard de Deus, secretário de Meio Ambiente do Acre.

As operações de fiscalização são realizadas de maneira integrada (Foto: Cedida BPA)

Fiscalização

Os órgãos de comando e controle têm intensificado as ações de monitoramento desde o início do verão amazônico. O resultado disso reflete no número de autuações, apreensões e prisões realizadas nos últimos meses.

O Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) já superou a marca de R$ 500 mil em multas aplicadas. As operações têm sido realizadas em parceria com as polícias Militar, Civil e Federal, Corpo de Bombeiros e Ibama.

“Temos atuado em parceria com instituições públicas de todas as esferas. O trabalho segue em todas as regionais, com a identificação dos locais que requerem maior atenção. A fiscalização é contínua e nossas equipes estarão em campo com força total até que a situação esteja controlada”, disse Paulo Viana, diretor-presidente do Imac.

Monitoramento

Os órgãos da área de Meio Ambiente seguem na identificação das áreas e no planejamento de ações específicas. Desde o início de 2017, já foram registrados mais de 2.200 focos de calor em todo o estado.

Com base nos dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), técnicos do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC)  IMC elaboram os mapas de monitoramento de focos de calor que é apresentado todas as semanas, durante reunião de gestores na Sala de Situação.

“Esse trabalho institucional segue determinação do governador Tião Viana. Aqui o Estado avalia todas as condições e demanda as ações necessárias. Um conjunto de atividades preventivas, educativas, repressivas e de resposta”, lembrou Márcia Regina Pereira, secretária-chefe da Casa Civil do governo do Acre.

A Sala de Situação está instalada na sede do Corpo de Bombeiros do Acre (Foto: Arquivo Secom)

Texto: Eduardo Gomes